Às vezes, vamos acumulando, acumulando resíduos de sentimentos aos quais não damos a devida importância e que deixamos sedimentar mal resolvidos. E vão ficando, quase inertes, latentes. Até que uma mínima pedra, atirada aleatoriamente, ao cair agita as águas calmas e provoca o remexer desses sedimentos. E revolve-se tudo e o tudo provoca um dilúvio de lágrimas impossíveis de estancar que ao caírem cedem lugar a que novas lágrimas aportem e rapidamente se sucedem numa devastadora monção que tudo arrasa.
E a recuperação da devastação é lenta e dolorosa.
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