Adoro o meu trabalho e o seu potencial. No entanto, instituicionalmente, é uma área bastarda que fica bem existir no papel, mas que ninguém tem interesse ou coragem de reformular ou cessar. Como tal, acaba por ser uma ancora que nos prende a um futuro sem perspectivas. Tentei durante muito tempo fazer parte da solução e aguentar o barco. Mas a situação não é solução para ninguém e muito menos para mim. Neste momento, acho que a única maneira de mudar as circunstâncias é mesmo a minha ruptura. Se o barco for ao fundo é porque tem de ir. Se houver a mudança necessária é porque era eu que a impedia. Seja qual for o resultado, só poderá ser benéfico.
Sinto necessidade de voltar a ir com gosto para o meu local de trabalho. De sentir que faço algo com sentido e com utilidade. E como as circunstancias não irão mudar por elas, tenho eu de agir no sentido da sua mudança. E a mudança é a minha ruptura.