Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
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3.11.11

Que futuro?

Das conversas com amigos e conhecidos, sobre as situações profissional e pessoal, só me resta uma questão: que futuro nos resta?
Quem está a contrato, sabe que nunca ficará efectivo, pois o empregador é taxativo e transparente ao ponto de afirmar que após a segunda renovação o funcionário – bom ou mau – é convidado a sair.
Quem fez estágio profissional através do IEFP (que visava a futura integração na empresa) foi convidado a sair pois, segundo a entidade patronal, não atingiu os objectivos contratualizados.
Quem está a recibos verdes e – quase inevitavelmente tem dívidas à Segurança Social e/ou às Finanças – vê-se na contingência de ter contas bancárias e outros bens penhorados. E espera ainda por uma alteração na legislação que lhe salvaguarde um valor mínimo de sobrevivência.
Quem procura criar o seu próprio emprego, não pode nunca ter sido empresário (falhado) anteriormente. Há pessoas a quem já não resta sequer esta opção.
Quem necessita de recorrer a subsídios por necessidade, vê-se confrontado com negações, porque em algum momento, muitas vezes por incúria e falta de conhecimento dos próprios serviços “competentes”, falhou nas suas obrigações.
Com a abolição de quase todos os benefícios e protecções aos trabalhadores, caminhamos para uma escravidão disfarçada: basta ver certos anúncios de trabalho. Por isso, e sem querer pessimista, o futuro assusta-me. A incerteza está instaurada e não parece haver luz ao fundo do túnel.

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