Sou utilizadora de duas redes municipais de bibliotecas: Sintra e Lisboa. Uma porque vivo lá, outra porque estudei lá. Se de Sintra conheço todos os seus pólos, de Lsiboa conheço apenas a Biblioteca Central, situada no Palácio Galveias.
Enquanto utilizadora in loco dos serviços disponíveis, não tenho quaisquer queixas dos funcionários e técnicos que me atendem. Mas infelizmente, em termos de oferta e de rentabilização das tecnologias disponíveis, Sintra ainda deixa muito a desejar.
Em Sintra, a oferta é menor, seja em número de título, sem em periódicos. Claro que as medidas de contenção a que as autarquias estão sujeitas não é indiferente a esta situação. Mas, tendo o estado um papel predominante na promoção e educação cultural dos cidadãos, não se pode menos prezar a oferta disponível. Sobretudo quando se sabe, e se comprova estatisticamente, que em momentos de crise aumenta a procura das bibliotecas públicas.
Um dos factores que me faz preferir a rede de bibliotecas de Lisboa é o facto de o seu catálogo estar disponível on line, o que me permite fazer pesquisas antecipadas, elaborar várias listas bibliográficas que ficam arquivadas no meu log in e, consequentemente, se necessário, posso envia-las por e-mail a quem o desejar.
Em Sintra, a pesquisa do catálogo tem de ser in loco, o que me obriga, apesar da minha proximidade física, a essa deslocação. Mas quando faço essa deslocação sujeito-me a que seja inválida porque posso não encontrar o que desejo e nem sequer consigo consultar os periódicos da minha preferência.
Gostava que os responsáveis municipais, especialmente o seu presidente, que possui efectivo poder de decisão, fosse mais sensível à oferta cultural dos equipamentos sob a sua alçada, com especial relevância para as bibliotecas. Sendo Sintra o segundo maior município do pais e o que possui uma maior população jovem, importa disponibilizar a informação e as ferramentas necessárias ao seu desenvolvimento académico, profissional e, também, à ocupação dos seus momentos de lazer.
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