Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
Mais informações: www.cm-sintra.pt

31.10.10

Rally to restore Sanity and/or Fear

Jon Stewart e o seu séquito são há anos uma Voz crítica na sociedade Americana, pondo a descoberto o Ridículo da classe politica e da sua entourage, nomeadamente a Comunicação social que vampiriza qualquer situação, primeiro contra, seja qual for o discurso. Se a classe política é eximia a montar comícios-espectáculo, que se dirá de um espectáculo que quer ridicularizar essa mesma classe através da simulação de um dito comício. é como quem diz: se não os podes vencer, junta-te a eles e vence-os por dentro.
Jon à presidência!

“Sabemos, instintivamente, como povo, que se quisermos atravessar a escuridão e regressar à luz, devemos trabalhar juntos. E a verdade é que vai sempre haver escuridão. Por vezes, a luz no fundo do túnel não é a Terra Prometida. Por vezes, é apenas New Jersey.”
Jon Stewart

30.10.10

Lázaro, Andreév

 Não nos enganemos, a morte não é para os vivos. É um mistério que assim deve permanecer, porque não nos diz respeito. a seu tempo será revelado.
Todos conhecemos, pelo menos superficialmente, a história de Lázaro ressuscitado por Cristo, mas e a história da sua segunda vida? É na possível resposta que Andreév centra o seu enredo. Uma história de estranheza, exílio, e morte, passe o pleonasmo.

29.10.10

28.10.10

Alma gémea vs. Soul mate

O amor em português requer uma alma gémea. Aquela que, como num jogo caleidoscópico, nos perdemos de quem e quem e de quem é reflexão. O amor em inglês requer uma soul mate, uma companhia de alma. Mas como definiremos esta companhia? Será similar ou complementar? Um reflexo ou alguém que nos complementa?

26.10.10

- Não és tu, sou eu!

O maior cliché relacional é a mais fácil de todas as respostas, porque verdadeira. É a resposta de quem não tem coragem para assumir o desafio de conhecer (se) e aceitar (se) (e) o outro.

24.10.10

isn't it ironic?

Empresário: Bom dia Sr. Eng., há quanto tempo??!!!
Ministro: Olha, olha, está tudo bem?!
Empresário: Eh pá, mais ou menos, tenho o meu filho desempregado tu é que eras homem para me desenrascar o miúdo.
Ministro: E que habilitações ele tem?!
Empresário: Tem o 12.º completo.
Ministro: O que ele sabe fazer?!
Empresário: Nada, sabe ir para a Discoteca e deitar-se às tantas da manhã!
Ministro: Posso arranjar-lhe um lugar como Assessor, fica a ganhar cerca de 4000, agrada-te?!
Empresário: Isso é muito dinheiro, com a cabeça que ele tem era uma desgraça não arranjas algo com um ordenado mais baixo?!
Ministro: Sim, um lugar de Secretario já se ganha 3000!...
Empresário: Ainda é muito dinheiro, não tens nada volta dos 600/700euros???
Ministro: Eh pá, isso não, para esse ordenado tem de ser Licenciado, falar Inglês, dominar Informática e ainda por cima tem que ir a Concurso Público.

23.10.10

Senhor Brecht, Gonçalo M. Tavares

Esta foi a minha primeira incursão nos livros deste autor, de cuja escrita conhecia apenas os seus textos de algumas revistas nacionais. Não apreciei a escrita, mas aprecio o exercício, e estou curiosa para ler o autor na versão romance. Este Sr. Brecht tem um tom negativista e irónico. Aborda a estupidez humana, a inversão de papéis e a dicotomia estranheza/beleza (que está nos olhos de quem vê).

22.10.10

Porque em cada filho se cruzam os filhos que somos, os país que tivemos, os que desejámos ter tido (e que, por algum motivo, não foi possível ter) e os pais que desejamos ser.
Eduardo Sá, Os meus Livros, Outubro 2010

21.10.10

O Crocodilo, Dostoievski

A literatura fantástica define-se pela existência de um acontecimento inexplicável e explora as reacções das personagens perante essa adversidade.
Neste conto inacabado de Dostoievski, um homem é engolido por um crocodilo, mas, ao contrário do que dita toda a lógica, não morre e instala-se confortavelmente no seu interior, sendo o seu desafio tirar o melhor partido da sua inusitada situação. Este conto comporta uma crítica social e à predominância dos valores economicistas perante os valores da família, da amizade e da ética, entre outros.

20.10.10

Inteligência é…

Resolver problemas em conjunto, porque os problemas que me afectam, afectam igualmente mais pessoas. Mas vivemos numa cultura de não admitir problemas e em que sem comunicação, não há respostas conjuntas aos problemas. Inteligente não é aquele que resolve todos os problemas, é aquele que percebe que não os resolve e que procura ajuda em quem tem outras capacidades.

19.10.10

Concepção e gestão de projectos

Profissionalmente, tenho a oportunidade de frequentar algumas formações. Todas têm sido uma aprendizagem que procuro pôr em prática diariamente no meu local de trabalho. Com todas aprendi coisas novas e, sobretudo, novas perspectivas. Actualmente, a formação que estou a ter é de Concepção e gestão de projectos, outro aprendizado útil. Uma das tónicas da formação é a da identificação de problemas e, sobretudo, da sua hierarquização. Será um aprendizado útil não só profissional mas também a nível pessoal.

18.10.10

A transparência do Estado

O site http://www.directobras.pt/ publica as adjudicações directas de aquisições de serviços feitas pelos vários órgãos estatais. Em período de contenção orçamental e de OE em que ao tapar os braços e se destapa as pernas, este site tem servido para ilustrar o absurdo de muitas opções orçamentais. Infelizmente, há muitas decisões desnecessárias e aquisições duvidosas. E para quem está fora da função pública e das suas burocracias, parecem ainda mais duvidosas. E a verdade é que há muitas situações duvidosas, algumas ouvimos uns sussurros, outras parecem mas até não são, outras são tão óbvias que ninguém menciona.
Como funcionária pública, lamento algumas decisões e lamento ainda mais que muitos dos dirigentes pensem mais em termos partidários do que em servir os cidadãos.

16.10.10

Diálogo natalício

- não podes acreditar no pai natal.
- E não acredito.
- és muito crédula.
- gosto de acreditar na magia do natal, mas daí a acreditar no Pai Natal vai uma longa distância. O que acontece, é que há pessoas que não querem que eu acredite no Pai Natal, mas desde que ele não seja essa pessoa.

15.10.10

Edie & Thea

Infelizmente, não tenho muito o hábito de ver documentários. Vejo algumas reportagens de fundo, mas, documentários propriamente ditos, são poucos. Mas, felizmente, tive a oportunidade de ver este Edie & Thea.

Este é o relato de uma relação de mais de 40 anos: o conhecer, a atracção, os obstáculos, as dúvidas, as pressoões sociais, os desafios, o encontro de alma, o poder da dança, a devoção, o companheirismo, a esperança, a doença, o casamento, a aceitação, …

É o relato pessoal do encontro de duas pessoas, iguais a tantas outras, que apenas são homossexuais.

14.10.10

Uma casa fria

É uma casa vazia
Sem histórias de riso
Sem memória de dor

Uma casa vazia
São paredes estéreis
De ecos de sorrisos futuros

13.10.10

Comer, Orar, Amar


Todos nós passamos por momentos de transformação extrema na nossa vida. Por vezes julgamos que esses momentos são mais facilmente ultrapassáveis mantendo a nossa vida o mais intacta possível. No entanto, há pessoas cuja coragem e percepção as leva a mudar tudo de forma radical. Foi o caso de Elisabeth Gilbert, a autora do livro homónimo que deu origem ao filme.

A mudança radical não é fácil, mas também nem todos têm essa possibilidade. Cada um possui âncoras diferentes na vida. Mas, sempre que possível, temos de enfrentar a insatisfação com a nossa vida e ter a coragem e confiança em nós para quebrar correntes e âncoras.

Elisabeth Gilbert assumiu esse risco e encetou uma viagem de transformação interior e aceitação. Ao comer, fazemos as pazes connosco, com a nossa imagem e a imagem que o mundo tem de nós. Ao orar, encontramos o equilíbrio, reflectindo mas também definindo os nossos objectivos. Ao amar, aceitamos o risco de nos darmos e de aceitarmos o outro.

A autora passou por esta transformação usufruindo da uma situação propícia: afastando-se de âncoras e hábitos adquiridos. Para os demais, o desafio é: como atingir a transformação necessária no caos da nossa vida diária?

11.10.10

Antes que Anoiteça, Reinaldo Arenas


Reinaldo Arenas é um autor cubano que foi perseguido pelo regime castrista e que, no início da década de 80, conseguiu o exílio nos EUA, onde acabaria por falecer com HIV. Esta é uma forma simplista de apresentar este autor, de cujo a obra conheço apenas esta sua autobiografia escrita no exílio.
Há vários anos, vi o filme homónimo com Javier Bardem. Não me recordo muito bem do mesmo, mas tenho a sensação que este se centra mais na vida de Reinaldo Arenas após o exílio, ao contrário do livro.
Este é daqueles livros em que parece estranho utilizar a expressão “gostei”, porque é impossível gostar dos seus relatos verídicos. Será mais justo dizer que é um livro que nos consciencializa para várias realidades. O relato de Arenas aborda várias temáticas, como: a homossexualidade, a perseguição política, a instalação gradual da ditadura cubana, a luta pela liberdade intelectual e pela dignidade humana, o processo de criação artística, a resistência humana sob condições adversas, a denúncia e a sobrevivência, os sonhos e aspirações, entre outras…
É uma leitura que recomendo!

10.10.10

as canções que escreveria...

it ain't getting better
nor do I feel the same
& it ain'teasier on me now
I’ve got someone to blame
I say
One love
One life
When it's one need
In the night

One love
We get to share it
Leaves mebaby if I
Don't care for it

I disappointed you
& left a bad taste in your mouth
I act like I never had love
And I want you to go without
Well it's

Too late
Tonight
To drag the past out into the light
we're alike, but We're not the same
We get to
carry each other
carry each other
One

Have I come here for forgiveness?
Have I come to raise the dead?
Have I come here to play Jesus?
To the lepers in my head

you asked too much
More than a lot.
I gave you nothing,
Now it's all you’ve got
We're alike
But we're not the same
See, I
Hurt you
Then I do it again
I say
Love is a temple
Love a higher law
Love is a temple
Love is a higher law
I ask you to enter
But then I make you crawl
And you can't keep holding on
To what I got
When all I’ve got is hurt

One love
One blood
One life
I got to do what I feel
One life
With each other
Sisters, brothers
One life
But we're not the same
We get to
Carry each other
Carry each other

One...
One...

One, U2

9.10.10

A alegria constrói-se sobre a tristeza,
A esperança sobre o desespero,
A força sobre a fragilidade.
Nietzsche

8.10.10

Sometimes we can’t make it on our own

Sempre tive complexos em pedir ajuda. Primeiro, porque considero que tenho de provar o meu valor e capacidade, segundo, porque considerava que pedir ajuda era assumir a minha incapacidade para realizar algo.

Mas pedir ajuda não é vergonha para ninguém. Ninguém é perfeito e ninguém consegue fazer tudo. Pedir ajuda é aceitar que os outros são importantes e que juntos, sim, somos uma força. Sozinhos, somos apenas isso: pessoas sós.

Estou a aprender a pedir ajuda a quem me rodeia. Estou a assumir que não consigo fazer tudo aquilo a que me propus. As tarefas e obrigações feitas em conjunto são mais fáceis de realizar e também a recompensa é mais alegre quando partilhada.

7.10.10

Os lençóis na máquina

O meu corpo no duche
As manchas de sexo
Apagadas pela água

E outra noite
E outro homem
O corpo cansado
O sono pesado

Outro nome
Desnecessário no amanhecer
Em cada vestido despido
A alma ausente

6.10.10

Frágil

Se me sinto forte, o meu peito chora em silêncio
Se me escondo, lês a verdade nos meus olhos

4.10.10

Evita

O musical é um género que não é para toda a gente. Gosto de musicais, mas nem sempre consigo resistir a tudo. Foi o que aconteceu com este Evita, que, apesar da piada fácil, não é de evitar. Este musical é sempre cantado, dai que se torne cansativo assistir a quem não está habituado ao género, ou, até, mais habituado a musicais com os diálogos falados.

O musical procura retratar a vida da primeira dama argentina Evita Péron, uma mulher de origem pobre que soube lutar e subir na vida utilizando todas armas femininas ao seu dispor. Uma mulher que, sendo uma má atriz, viveu o papel da sua curta vida como primeira-dama através de um casamento de interesses comuns, em que soube galvanizar, como poucos, o povo para as pretensões políticas do seu marido.

Como base no musical de Lloyd Webber, com letras de Tim Rice, Evita é mais reconhecido pelo carismático Don’t Cry for Me Argentina. A adaptação ao cinema foi feita por Alan Parker e o seu maior cartão de visita era a participação de Madonna como Evita.

3.10.10

“Obstáculos são aquelas coisas medonhas que você vê quando tira os olhos do seu objetivo.”

Henry Ford

2.10.10

O que esperamos do amor

Para a sociedade em geral, o amor concretiza-se no casamento, nos filhos, na família. Para os que não casámos e nem temos essa perspectiva coloca-se a questão: o que esperamos do amor?

O amor é uma questão de qualidade de vida. Mas amor e casamento não têm de ser equivalentes. Muitos de nós não vivem um amor, vivem vários.

De quando em quando pergunto-me: o que espero do amor? Mas nem sempre a resposta é a mesma. Depende quase sempre da segunda pergunta que me faço: que sentimento estou disposta a entregar a alguém?

1.10.10

Estudo de públicos

Qualquer regra básica de satisfação de públicos implica que primeiro temos de conhecer as suas necessidades e gostos. Graças às aplicações do Blogger, realizei o meu primeiro inquérito e no qual obtive duas muito bem-vindas respostas. Através deste método de avaliação directa, afiro que os leitores perferem textos de Ficção / Poesia e Curiosidades.

Através de uma avaliação indirecta, sei que tenho aproximadamente 30 leitores, mais ou menos assíduos, dos quais 11 seguidores através da aplicação Seguidores, e os restantes dentro do meu círculo de amizades e conhecimentos pessoais. Se é gratificante que os amigos nos leiam, é duplamente gratificante quando alguém desconhecido aprecia o que escrevemos e é sempre motivador para continuar.

Não obstante o resultado do inquérito, os comentários aqui deixados também são uma forma de perceber interesses e gostos de quem visita este humilde estamine. O ideal era ter sempre reacções aos nossos textos, mas tal é impossível, pois se forem como eu – sigo mais de 200 blogues, alguns com vários posts diários – torna-se incomportável. Além de alguns comentários habituais que muito aprecio, o normal é receber um comentário de “apresentação” de quem pela primeira vez visita a chafarica. Para facilitar a participação dos leitores, aderi igualmente à aplicação Reacções, cujo registo é simples.

Outra facilidade que o blogger permite é o das Estatísticas, que me confirma que o artigo mais lido é A Partida de Xadrez, artigo que já me valeu conhecer um blogger vizinho.

Estas têm sido algumas das formas de perceber o que eventualmente atrai que visita este blog, mas apenas posso agradecer a quem o faz, uma vez que o que aqui escrevo é sobretudo um processo de reflexão sobre o que me rodeia, mas também um testemunho daquilo que me deslumbra ou comove.