Georg iniciou a sua viagem ainda as nuvens negras de chuva eram apenas uma risca no horizonte. O frio intimava qualquer homem a ficar acoitado no interior dos seus casebres, mas para Georg essa não era uma opção.
Sentado encolhido na trave da pequena sege, segue no ritmo lento que o velho jumento impunha no muito calcorreado caminho ao longo da álea de macieiras que ligava as duas províncias. Com sorte, serviriam de protecção à chuva que avançava mais veloz que o velho e fustigado jumento.
Georg não é somente uma figura solitária a avançar lentamente no frio agreste, é um homem perseguido e sensível a qualquer sombra irregular sempre que olha sobre o ombro.
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