Era já noite quando Georg chegou à vila e poucas luzes iluminavam as ruas. Apenas com três ou quatro moedas de escasso valor no bolso, procurou um beco mais resguardado para parar a sua sege. Deu ao velo jumento um pouco do feno que ainda tinha e aproveitou para comer um pedaço do pão seco e do queijo rijo embrulhados já há dias no encardido lenço de bolso. Finda a refeição, acomodou-se como pode para passar o frio e o escuro da noite.
Com o clarear da madrugada, dirigiu-se para a entrada da vila onde permaneceu até o sol estar mais alto e assim tornar a entrar. Talvez com sorte encontrasse um biscate que lhe permitisse ganhar uns trocos para os mantimentos dos próximos dias ou até trabalhar em troca dos mesmos.
O velho jumento poderia sempre entreter-se com os cereais e folhagens comidos à socapa nos caminhos. Até o seu estômago também já está habituado ao que consegue surripiar em pomares e plantações nesses mesmos caminhos. Mas a verdade é que o seu estômago se sente mais reconfortado com um pedaço de pão com queijo ou chouriço.
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