Sento-me tantas vezes em frente as estas paredes, perguntando-me por onde começar: como se arrumando a confusão que está a minha casa, arrumasse a confusão que é a minha vida.
Deixei acumular tanta coisa, tantas incertezas, tantas merdas que nunca levam a nada. Agora não consigo destrinçar por onde começar a endireitar a minha vida.
Como devo começar a arruma-la? O que devo deitar fora, o que devo guardar? Será que devo guardar algo?
Às vezes só me apetece estalar os dedos e esvaziar tudo, todas as gavetas, todos os armários, todas as memórias e começar de novo. Com as paredes em branco, as gavetas a cheirar a novo e prontas a receber novos conteúdos. Tudo novo. Era tão bom fazer tábua rasa à vida e começar de novo.
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