- eu já vi este filme e já sei como acaba.
- pois, eu também sei.
- não, não sabes.
- sei, sim, porque sou a sequela, não é? E normalmente as sequelas não são tão boas como o original, não é? Se calhar é melhor ficarmos por aqui.
- não disse isso.
- não, não disseste, mas gostas sempre de me atirar à cara que já passaste por isto, como se isso te fizesse especialista na matéria, e que eu sou apenas alguém demasiado imaturo para compreender. Acontece que não sou. Tenho maturidade suficiente para passar por inúmeras situações e ultrapassa-las. Sei disso perfeitamente.
- pois não parece.
- então parece o quê? Já agora, elucida-me.
- porra, pá|
- deixa-me dizer o que parece. parece que me achas incapaz de lidar com as merdas de uma relação, mas esqueces que desde o início que lido com isso. Aliás, além das nossas que teimas em afastar ou minimizar eu também lido com as merdas das tuas outras relações. Eu lido com as tuas crianças. Aceito que a tua anterior relação nunca acabará, porque há sempre as crianças. E merda, tenho lidado com isso tudo com toda a maturidade possível e tenho feito um bom trabalho. Agora, quem és tu para me negar lidar com as merdas da nossa relação. Porque é que tenho de lidar com tudo o que te diz respeito e tu não tens coragem para lidar com as nossas?
- merda, tenho medo. É isso que queres ouvir? Tenho medo que se repita. De cometer os mesmos erros. De cometer outros erros e de acabar na mesma. talvez esteja sempre a adiar porque não quero passar por nada semelhante. Estou escaldado, porra. Não compreendes isso?
- compreendo, claro que sim. E se pudesse evitar uma série de situações, evitava. Mas, por favor, não me negues viver a minha relação viver a nossa relação. Não nos negues isso.
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