O louco deambula novamente nas ruas do bairro. Sem destino aparente, emite sons guturais que irrompem pelo silêncio das casas. Das janelas vemos o seu andar atabalhoado e incerto e o modo como dobra o corpo para trás para grunhir.
Quem passa, afasta-se a medo e queda-se a observar os gestos tresmalhados.
Agora, passa quase todas as noites nestas ruas e o seu barulho, incamuflado pelas televisões acessas, acumula-se nos ouvidos já cansados do seu excessivo ressoar.
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