a um desconhecido que passa,
sem guardar algum traço,
senão o do prazer
saber amar
sem nada esperar em retorno,
nem respeito, nem grande amor,
nem mesmo a esperança de ser amado,
mas saber dar,
dar sem tomar,
nada fazer senão aprender
aprender a amar,
amar sem esperar,
amar tudo o recebido,
aprender a sorrir,
apenas pelo gesto,
sem ver o resto
e aprender a viver
e seguir.
Saber esperar,
gostar dessa felicidade plena
que nos dão por engano,
tanto que não a esperamos mais.
Se ver e crer
Para enganar o medo do vazio
enraizado como tantas rugas
que marcam os espelhos.
saber sofrer
Em silêncio, sem murmúrios,
Nem defesa, nem armadura
Sofrer de querer morrer
E erguer-se
Como renascida das cinzas,
Com tanto amor a oferecer
Que riscamos o passado.
aprender a sonhar
A sonhar por dois,
Nada como fechar os olhos,
E saber dar
Dar sem rasura
Nem desmesura
Aprender a ficar.
Ver até ao fim
Ficar apesar de tudo,
Aprender a amar,
E seguir,
E seguir…
Lionel Florence & Pascal Obispo, Savoir Aimer
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