Assim, surgiram no panorama humorístico nacional Os contemporâneos, que logo na primeira série souberam definir as suas particularidades e explorar idiossincrasias tugas, através de um humor inteligente e acutilante. Dai pensar que actualmente o projecto Contemporâneos é mais bem conseguido que os GF, que parecem ter atingido uma certa estagnação. Sim, porque foram-se os Meireles, mas o Zé Carlos é apenas mais um nome, como poderia ter sido o Xico Toino. Isto não quer dizer que não me divirta a vê-los. Divirto imenso. O RAP é um excelente imitador e o ZDQ é uma mulher como poucas, sendo apenas destronado pelo Joaquim Monchique.
O problema é que o humor tem timmings próprios, que não se coadunam com fórmulas repetidas ad extremis. Assim, os Contemporâneos conseguiram injectar um novo ânimo no humor nacional e são eles que actualmente impõem a fasquia no alto.
É óbvio que, dedicando-se ambos à crítica e satirização da sociedade actual, têm como temas dos sketches as mesmas situações, mas considero mais hilariantes e acutilantes as rábulas dos Contemporâneos, daí que seja o meu programa de humor favorito.
E, disto isto, vão trabalhar. Vão fazer qualquer coisa de útil prá sociedade, em vez de ficar aí a ler blogues nas horas de expediente e a dar prejuízo ao patrão.