Os jogos de cartas entraram na
Europa no final do
século XIV, com os
mamelucos da
Pérsia, cujos jogos tinham naipes muito semelhantes aos naipes latinos italianos e espanhóis: espadas, bastões, copas e ouros (moedas). Embora haja um número significativo de hipóteses para a origem do tarô, as evidências atualmente mostram que os primeiros
baralhos foram criados entre 1410 e 1430 em
Milão,
Ferrara ou
Bolonha, no norte da
Itália, onde cartas de trunfo foram adicionadas aos já existentes baralhos de naipe. Esses novos baralhos foram chamados de
carte da trionfi, cartas de triunfo, e as cartas adicionais simplesmente de
trionfi, termo que originou a palavra "trunfo" em português. A primeira evidência literária da existência das
carte da trionfi foi um registro escrito nos autos da corte de Ferrara, em 1442. As mais antigas cartas de tarô existentes são de quinze baralhos incompletos pintados em meados do
século XV para a família governante de Milão, os Visconti
Sforza.
Não há documentos que atestem o uso
divinatório do tarô anteriores ao
século XVIII, embora se saiba que o uso de cartas semelhantes para tal uso era evidente por volta de 1540. Um livro intitulado
Os Oráculos de Francesco Marcolino da Forli apresenta um método divinatório simples usando o naipe de ouros de um baralho comum. Manuscritos de 1735 (
O Quadrado dos Setes) e 1750 (
Cartomancia Pratesi) documentam o significado rudimentar divinatório das cartas de tarô, bem como um sistema de tirada de cartas. Em 1765,
Giacomo Casanova escreveu em seu diário que sua criada
russa frequentemente usava um baralho de jogar para ler a sorte.