Desde a infância que me foi óbvio que vivo num tempo e numa sociedade que me permite ser mulher no pleno uso das minhas opções. Essa consciência foi-me transmitida pela minha mãe, que sempre lutou para que tivesse e aproveitasse oportunidades que me dessem independência, principalmente financeira. A única que me permitiria fazer outras escolhas também independentes. Não cheguei ao nível de independência a que aspirou, mas consegui muito do que desejou para mim.
Não sou uma feminista exacerbada, mas defendo a igualdade de oportunidades, embora aceite que, biologicamente, haja tarefas mais aptas a homens ou mulheres. Mas ainda há muito a fazer.
Porquê esta introdução? Porque este filme é a voz de uma mulher num tempo e num local em que a sua voz não é livre. É um filme que com uma simplicidade estética nos transporta e dá corpo às restrições sentidas por essa mulher. É uma história pessoal, mas que sabemos idêntica a tantas outras. E não posso senão deixar de sentir solidariedade por essa(s) mulher(es), e por esses homens, que não têm possibilidade de escolher, cujos seus direitos e dignidade não são reconhecidos e que não passam de seres inferiores.
Temos muita sorte em sermos mulheres, agora. E é importante não esqucer isso, não esquecer a História e ter a consciência de toda as batalhas que tiveram e que continuam a ter lugar pela igualdade de direitos das mulheres.
ResponderEliminarSou pelas mulheres!
Feliz Natal!
somos duas!
ResponderEliminarFeliz Natal Mãe da Rita...