Sinto-me finalmente no meio de um momento de silêncio há muito desejado.
Deitei-me na cama, li algumas linhas que decompõem África. Não liguei a música, nenhuma delas me traria a paz que só este calmo silêncio me aporta. Não queria mais palavras ou melodias que se intrometessem entre mim e esta calmaria que necessitava para sossegar.
Oiço apenas ao fundo uma torneira que pinga, o vento nas janelas e algumas vozes difusas na rua. Tudo o resto sou eu deitada à luz do candeeiro que alumia o quarto e a minha cama ampla, onde daqui a pouco encontrarei um outro silêncio: o das terras longínquas e férteis do sono e do sonho. Daqui a pouco a calmaria culminará também no silêncio de luz que o sono traz e que as minhas pálpebras pesadas começam já a anunciar.
Resta muito pouco para que inicie a viagem. Muito pouco mesmo.
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