Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
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6.7.07

Mil anos

Um milhar de anos, um milhar mais
Um milhar de vezes um milhão de portas para a eternidade
Posso ter vivido mil vidas, por um milhar de tempos
Um voltar de subidas de escadas sem fim
Para uma torre de almas
Se necessitar de outros mil anos, outras mil guerras
As torres sobem por inúmeros andares no espaço
Posso chorar outro milhão de lágrimas, um milhão de fôlegos
Um milhão de nomes mas apenas encarar uma verdade

Um milhão de estradas, um milhão de medos
Um milhão de sóis, dez milhões de anos de incerteza
Poderia dizer um milhão de mentiras, um milhão de canções
Um milhão de acertos, um milhão de erros nesta balança do tempo
Mas se há uma única verdade, uma única luz
Um único pensamento, um único toque de graça
Então a seguir a este único ponto, esta única chama
A simples memória da tua face

Ainda te amo
Ainda te amo
Os mistérios desdobram-se mil vezes
Como galáxias na minha mente

posso ser inumerável, posso ser inocente
Posso saber muitas coisas, posso ser ignorante
Ou cavalgar com reis e conquistar muitas terras
Ou ganhar este mundo nas cartas e perder a mão
Posso ser carne para canhão, destruído mil vezes
Renascer como filho da fortuna para julgar crimes de outros
Ou vestir esta capa de peregrino, ou ser um vulgar ladrão
Mantive esta única fé, tenho apenas uma crença

ainda te amo

Ainda te desejo
Os mistérios desdobram-se mil vezes
Como galáxias na minha mente
E os mistérios continuam a revelar-se
Eternidades ainda por dizer
Até me amares

A Thousand Years, Sting

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