A lenda imortalizou o génio criador de Dédalo e a irresponsabilidade e imaturidade de Ícaro. Mas da lenda não reza a história de Quícaro e Vícaro, os filhos gémeos mais novos de Dédalo.
A sua infância foi demasiado protegida, devido à fobia paternal em perder mais um filho esborondado no chão ou no mar. era-lhes frequentemente vedada a confraternização com outros rapazes da sua idade, sempre que Dédalo suspeitava de brincadeiras mais afoitas a acidentes. Face às frequentes proibições, os outros rapazes, poucos compreensivos e desconhecedores dos motivos das negativas, pouco a pouco afastaram-se dos gémeos.
Estes cresceram sob o olhar vigilante do seu pai e desenvolveram um código próprio que os coalesceu ainda mais. Ficaram entregues à sua imaginação e só assim conseguiam escapar à vigilância constante de Dédalo.
O seu quotidiano só era interrompido pelas visitas do seu tio Quédalo, que percebia naqueles miúdos a angústia e frustração do fantasma fraternal. Não se ficando atrás do irmão no que diz respeito a imaginação e criatividade, desde logo procurou uma solução que animasse os seus sobrinhos e lhes desse asas para voar.
Mesmo a contragosto do seu irmão, Quédalo ofereceu aos jovens um simples objecto, cuja prática diária lhes permitiu realizar os seus próprios desejos de voar e chegar mais além.
Hoje são campeões olímpicos de ginástica desportiva, graças a um simples plinto.
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