Quando amanhece
E a luz na sua preguiça se estende lentamente sobre as coisas e as pessoas
Os olhos vagarosamente cedem ao encanto da claridade
Abrem-se ao mundo
A um novo começar
E como da primeira vez
Observam maravilhados o vigoroso despertar do fulgor do mundo em rotação
E o mundo gira ainda assim docemente, mas apenas durante mais alguns momentos
Em breve
Muito em breve mesmo
As rodas do mundo restabelecerão a sua velocidade própria para a qual não haverá paragens nem abrandamentos
Não, não até que o sol se ponha de novo e aí
Aí a lentidão e o vagor ganham outra vez o seu ritmo de contemplação e repouso
Outra vez
Mas até lá
Até lá há todo um buliço do dia que corre sem, sem parar
Sem pausas, sem intervalos, sem interrupções, sem quebras
Há todo um caminho, há todo um percurso
Só logo, mais logo
Regressará a calma
E a sua dolência
Só logo, mais logo
Repousaremos de novo
E os olhos semicerrarão
E como da primeira vez
Observam maravilhados o vigoroso despertar do fulgor do mundo em rotação
E o mundo gira ainda assim docemente, mas apenas durante mais alguns momentos
Em breve
Muito em breve mesmo
As rodas do mundo restabelecerão a sua velocidade própria para a qual não haverá paragens nem abrandamentos
Não, não até que o sol se ponha de novo e aí
Aí a lentidão e o vagor ganham outra vez o seu ritmo de contemplação e repouso
Outra vez
Mas até lá
Até lá há todo um buliço do dia que corre sem, sem parar
Sem pausas, sem intervalos, sem interrupções, sem quebras
Há todo um caminho, há todo um percurso
Só logo, mais logo
Regressará a calma
E a sua dolência
Só logo, mais logo
Repousaremos de novo
E os olhos semicerrarão
Como agora
Adelaide Bernardo
Sem comentários:
Enviar um comentário