Já há muito
que procuro perceber os sinais do meu corpo, porque, regra geral, ele é o
primeiro a avisar-me quando a minha alma ou a minha mente não estão bem. Não adianta
mascarar os seus sintomas com analgésico ou outros inibidores. Temos de
procurar a causa do mau estar e encontrar a estabilidade perdida. Dores de
cabeça, noites mal dormidas ou mal descansadas, ansiedades, necessidades de
compensação, como a ingestão de certas comidas e bebidas ou, por exemplo, roer
as unhas, são tudo sintomas de um mau estar psíquico e não uma doença física.
Cada vez
julgo perceber melhor o meu corpo. No entanto, a verbalização as minhas necessidades
de reequilíbrio parecem ser incompreendidas e desvalorizadas. Não é que os
demais me vão “curar”, mas podem, com certeza, ser um elemento inestimável na
obtenção desse reequilíbrio. O facto de partilharmos as nossas angustias pode
originar um retorno de apoio, de novas perspectivas importantes e apaziguadoras
ou de tempo para serenar. Mas o mais
importante é mesmo sermos capazes de perceber o que necessitamos e, se ninguém
nos ouvir ou der a mão, sermos capazes de dizer basta ao que nos perturba e desequilibra.
Bellor |
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