Há uns
tempos, fizeram-me esta questão, cuja resposta, para mim, não foi novidade:
jovens e adultos. E porque não crianças? É a contra pergunta habitual. Porque:
I.
Regra geral, o público adulto é visto apenas como
consumidor final e, como tal, como sendo agente activo com disponibilidade financeira
e acesso a formação e hobbies. Mas raras vezes lhe é disponibilizado um serviço
educativo.
II.
Considerando os níveis de desemprego e a diminuição do
poder de compra registados nos últimos anos, o público adulto cresceu
exponencialmente, em termos de disponibilidade de tempo e de necessidade de
aquisição de competências, para as quais poderá não ter disponibilidade
financeira.
III.
Mesmo sendo um trabalhador activo, um adulto tem, hoje,
a consciência de que o seu processo de aprendizagem se faz ao longo da vida, e
procura, assim, diversas formas de a obter.
IV.
A selecção desta aprendizagem é potenciada, ou
condicionada, por diversos factores: diversidade de horários, proximidade,
acessibilidade. Isto faz com que as inteituições tenham, muito perto de si,
públicos potenciais que não estão a ser captados.
V.
O público sénior, devido ao envelhecimento da
população, é o que denota maior crescimento. Em conjunto com outras
instituições, como universidades sénior, que comprovam que este é um público
potencial, pode-se explorar uma nova oferta a nível de serviços educativos e
formativos.
VI.
Instituições como museus, bibliotecas e outros espaços públicos
polivalentes e transversais, sobretudo de gestão autárquica, podem potenciar o
valor de aquisição e transmissão de conhecimento do público sénior através,
p.e., do voluntariado.
Outros
factores poderiam ainda ser nomeados, mas estes são já uma base suficiente de
trabalho a explorar. Quem sabe, num local perto de si.
Sem comentários:
Enviar um comentário