Há uns
tempos, fizeram-me esta questão, cuja resposta, para mim, não foi novidade:
jovens e adultos. E porque não crianças? É a contra pergunta habitual. Porque:
- Esse é sempre o público prioritário de qualquer
instituição. Logo, o habitual é já haver projectos instituídos direccionados
para estes.
- Trabalhar com crianças, p.e., em grandes grupos, como
turmas, não me motiva. Gosto de conversar com elas, mas o processo de
descoberta que desejamos encetar com elas corre sempre o risco de resvalar
para o entretenimento.
- Embora adore participar nesse processo de partilha e não
resista à transformação que podemos observar nos seus rostos, não me vejo a
faze-lo de modo massificado.
- Talvez ainda não
tenha desenvolvido as competências e ferramentas para prender a atenção
das crianças e incutir respeito e, por vezes, não digo silêncio, mas
acalmia.
- Trabalhar com jovens não é necessariamente mais fácil. No entanto,
estes têm já um substrato de informação sobre o qual é possível trabalhar.
- Os jovens, estando à procura da sua voz, estão também disponíveis
para experimentar diferentes formas de expressão.
- O grande problema dos jovens é a distracção, provocada
pela novas tecnologias. É necessário motiva-los para projectos de
desenvolvimento pessoal ou de envolvimento comunitário. Porque quando se
empenham, o difícil é acompanhar o seu ritmo e ímpeto.
- Este trabalho deve ser realizado em colaboração com as
escolas, pois:
- É lá que eles estão;
- Estas sentem a necessidade de os envolver em
projectos complementares ao trabalho dos professores e demais
profissionais;
- Estas não conseguem dar resposta a todas as suas
necessidades.
- A formação oficial não é suficiente para responder a todos os desafios que encontrarão pela vida.
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