O início da
década de ’80 foi marcado pela descoberta do vírus da SIDA, que trouxe consigo
o despertar do debate sobre orientação, identificação, opções e comportamentos
sexuais. Entre o preconceito e o desbravar de sensibilidades para este flagelo
que se começou a sentir primeiro na comunidade homossexual, muitos lutaram não
só pelo direito a viverem a sua vida livremente, mas também pelo acesso a
cuidados médicos, enquanto muitos dos seus entes queridos sucumbiam à doença e
à pressão social.
Um coração
normal dá-nos a conhecer alguns desses homens e o modo como, com diferentes
visões e maneiras de encarar o flagelo, procuraram alertar a sociedade para a
doenças e lutaram pela aceitação. Dá-nos a conhecer as pessoais e os corações
normais que batem por trás de cada falso rótulo e que amam, lutam e querem
viver a vida com a dignidade que todos os seres humanos merecem.
Em jeito de
reflexão, gostaria de salientar que foram necessários cerca de 30 anos para que
as relações homossexuais fossem retratadas com (quase) a mesma frontalidade,
mostrando cenas de amor mais ou menos explicitas que um qualquer filme que
apresente relações heterossexuais. E este passo foi dado sobretudo em televisão,
não só com este filme, mas com a série Looking (e 10 anos depois de A LetraL).
Título
original: The Normal Heart * Realização: Ryan Murphy * Argumento:
Larry Kramer,
baseado na sua peça de teatro homónima * Elenco: Mark Ruffalo, Jonathan Groff, Frank De Julio, Taylor Kitsch, Julia Roberts, Jim Parsons, Matt Bomer
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