Pergunto-me
tantas vezes: e agora? Agora, os filmes acenam-me com amores temporões e com a
promessa vã de que se não foi até agora é porque ainda não foi. De certo modo
têm razão. Quanto mais para o final da vida, maior a probabilidade de ser até
sempre. Mas já não sei acreditar nesse amor.
Quando era
jovem acreditava que o amor ainda estava para vir. E o tempo foi passando e fui
fingindo que não era eu que fugia, mas ele que não me encontrava. Hoje, não há
como fugir porque já não sei amar.
O que é que
esperava do amor? A felicidade eterna servida por um homem exemplar, masculinamente
sensível, que me colocasse num pedestal? Que tola. Eu sei. Tantos livros e
tantos filmes deveriam ser destruídos por afastarem a real imperfeição dos
homens. E das mulheres.
Andy Wong |
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