Durante muito
tempo considerei-me inferior a muitas pessoas que conhecia. Reconhecia-lhes uma
inteligência que hoje já não reconheço. Talvez por isso, acho que fui muito
(demasiado) seguidista. Se, por um lado, era um papel muito confortável, por
outro, passou a levar-me a locais e estados de alma indesejados. Foi quando percebi
que o caminho dos outros não me servia. Só um caminho por mim trilhado e
desbravado me servia.
Trilhar o
nosso caminho não é fácil. Os obstáculos começam a parecer demasiado grandes
para a nossa capacidade de os contornar ou ultrapassar. Sentimo-nos sozinhos e
incompreendidos, a remar contra a maré. Mas, no meio de tudo isto, há também
uma certeza: sou a primeira pessoa a não poder duvidar de mim. Mesmo que não
tenha o mesmo tio de inteligência e competência que reconheço noutros, tenho a
minha e sou uma mais valia. Se não aqui, noutro lugar certamente.
Então, não é
o caso de não ser suficientemente inteligente. É o caso de procurar e encontrar
o lugar certo para colocar a minha inteligência em beneficio de todos.
Essa é hoje
a minha demanda: procurar o lugar certo para que o meu tipo de inteligência se
revele e floresça em prol de todos. O que revela que sou suficientemente inteligente
para muito e para muitos.
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