Teria talvez
quatro anos quando, durante as típicas férias de verão na velha casa familiar
da província, o seu primo Miguel, com os requintes de malvadez próprios da pré-adolescência,
pegou num inofensivo licranço e o
colocou dentro do seu vestido. A pele viscosa e o desespero de bicho acuado impregnaram-se de tal modo na sua memória sensorial que, ainda
hoje, o simples avistamento de qualquer réptil próximo de si era suficiente
para disparar uma insuportável nosaria
no estômago.
Cecilia Paredes |
Sem comentários:
Enviar um comentário