Há cerca de
12 anos, o acaso (uma oferta de trabalho) levou-me à área da juventude. Estando
em plena juventude, agradou-me sobremaneira poder trabalhar nesta área
abrangente e transversal. Foram quase 10 anos de aprendizagem, empenho e
esforço. Já os últimos 2, 3 anos, apesar dos seus momentos altos, que também os
houve, pareceram mais uma penosa caminhada para lado nenhum.
O desinteresse
institucional, a falta de visão e orientação hierárquica e também a minha consciência
que, faça o que faça, nada se alterará num futuro próximo fazem-me querer por
um ponto final nesta área de actuação profissional. E, se formos a ver, este
nunca será um ponto final, porque o que aprendi será sempre de utilidade para
os restantes 30 anos de vida profissional que me restam até à reforma (se ainda
a houver quando lá chegar).
A minha
formação base é em letras e é a ela que sinto necessidade de regressar. Por isso,
também nos últimos três anos, procurei explorar áreas de intersecção entre a
minha experiência, a minha formação e as minhas ambições. Julgo ter encontrado
essa intersecção na área da promoção da leitura (literacias, fruição, domínio de
competências) através de Clubes de Leitura e Oficinas de Escrita. Não tenho a
certeza se esse será o meu futuro profissional imediato, mas gostaria que para
lá se encaminhasse. Então, de momento, a minha dúvida não é o quê, nem quando,
mas sim como.
A resposta
até parece simples. Na verdade é. O senão existe, mas não o vou utilizar como
desculpa para não avançar. Até porque, nem sempre os nossos receios se
concretizam ou, até, quando nos preparamos para eles, estes diminuem
drasticamente.
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