A caterva
olha atónita. Não é o habitual folião e as suas já conhecidas patetices. As
palavras hoje proferidas não têm tom de brincadeira e deixam o coração
carregado. Não é suposto. O suposto é rirem a bom rir e assim não sentir a
monstruosidade do verdadeiro espectáculo que se seguirá: a decapitação de uns
quantos culpados de miséria, má fortuna e descaso humano. O entremez hoje não é
o heteróclito que devia ser. Mas mais não se podia esperar. Hoje, um dos
decapitados será o folião.
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