Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
Mais informações: www.cm-sintra.pt

30.10.09

Aprendizagem da leitura

Aprendi a ler na primária. Ler ajustou-se à minha personalidade introvertida.
Demorei a encontrar uma voz e a dar-lhe corpo, mas sem dúvida que a leitura me permitiu maturar uma identidade e o conteúdo dessa voz, que hoje posso fazer ouvir a quem queira, ou não.

29.10.09

Mandato Municipal 2009-2013 em Sintra


Decorreu há pouco, no C. C. Olga Cadaval, a cerimónia de tomada de posse dos Membros para a Assembleia Municipal e Câmara Municipal para o mandato 2009-2013, eleitos nas eleições autárquicas efectuadas no passado dia 11 de Outubro.
Espera-se agora a distribuição efectiva de pelouros para que se dê início a um novo ciclo de trabalho e projectos.

28.10.09

Dia D com António Barreto

Um dos temas abordados na edição de ontem do Programa dia D na Sic Notícias, em que o entrevistado foi António Barreto, foi o da vaga de emigração portuguesa. Isso fez-me ponderar quantos colegas e amigos têm apostado numa vida no exterior devido à falta de oportunidades e baixos ordenados existentes em Portugal. Assim, a Ana foi viver para a Holanda, a Alex para o Luxemburgo, a Carla para a Suécia. Depois, há quem aposte em estagiar ou completar os estudos fora. é o caso da Lu em Inglaterra, da Xana no Brasil. Isto sem falar de quem tem trabalhos ou formações que os leva esporadicamente ou até frequentemente ao estrangeiro.
O mundo hoje é transversal, e o que será de nós que ficamos?

27.10.09

O livro da memória

Um objectivo de há longo tempo é escrever o pouco que sei da história familiar, porque tenho a noção do papel primordial da escrita na preservação da memória. Tenho alguns pudores quanto a essa escrita, pois há os vivos e há também os mortos sobre os quais posso apenas efabular.

26.10.09

XVIII Governo constitucional

Do elenco do governo que hoje tomou posse, há dois nomes que me suscitam curiosidade, porque, pela primeira vez, conheço o seu trabalho previamente.
De Isabel (Alçada) Villar, a colecção Uma Aventura… acompanhou parte da minha adolescência e, mais recentemente, o Plano Nacional de Leitura e os seus documentos, nomeadamente alguns dos seus relatórios e estudos, tornaram-se uma ferramenta de trabalho.
De Gabriela Canavilhas, conheço apenas o seu trabalho na Antena 2, mas cuja prestação me merece consideração.
Parecem-me ambas pessoas com conhecimento de causa nas áreas que (ad)ministram, por isso, os meus sinceros votos de um bom trabalho.

25.10.09

Leitores silenciosos

A leitura em voz alta para mim nunca passou da leitura de excertos de textos na escola. Agora que penso nisso, nunca ninguém leu para mim, nem em criança. O mais próximo, foram as leituras de texto nos ensaios de teatro.

23.10.09

As mesmas canções ecoam noite a pós noite. A maioria apenas aumenta este vazio no peito, mas não tenho outras vozes que me acompanhem na noite. Vozes cujos braços substituam as acolhedoras asas dos anjos entoados.
Ainda assim, as promessas de que deus me enviará os braços protectores dos seus anjos, proferidas em voz grave apaziguam a minha solidão na noite.

20.10.09

Leitura de sombras

Aos seis anos, no início da primeira classe, foram-me diagnosticadas miopia e estigmatismo. Desde esse momento, se há objecto que nunca me abandonou são os meus óculos. Não posso viver sem eles, porque sem eles pouco mais me restava do que ficar sentadia a um canto a executar algumas poucas tarefas que não incluíssem a visão.
Tal como outros portadores de diminuição da capacidade visual, aprendi a ler não só as letras e números, mas sobretudo a apreende-las através das suas sombras e formas esborratadas. Consigo muitas vezes “ler”, não por ver literalmente letras e números, mas por perceber, por exclusão de partes, que tal formato só pode corresponder à letra ou número x. mais do que ler, fui obrigada desde cedo a saber interpretar signos.

19.10.09

A última página

Nem sempre o faço, mas muitas vezes ao ler o primeiro capítulo de um livro não resisto e dou uma olhadela ao último. Ler o último capítulo ou página não me retira o prazer da surpresa ou revelação final, porque o que mais me intriga num enredo não é o fim propriamente dito, mas o caminho que nos leva lá.
Aliás, tal como na vida…

18.10.09

JOTA/JOTI 2009

O Concelho de Sintra foi palco da estação nacional do Jamboree On The Air (JOTA JOTI), um encontro internacional virtual que ligou durante 48 horas, via net e rádio, mais de 700 escoteiros do Concelho de Sintra a milhares de escoteiros de todo o planeta.


Para além dos contactos nacionais e internacionais que foram estabelecidos a partir das 00h00 de dia 17 até às 24h de dia 18 de Outubro, via rádio amador e via internet, os jovens escoteiros participaram também em 30 ateliês em áreas desportivas, culturais, ambientais e cívicas dentro do município.
A organização esteve a cabo do grupo 93 de Sintra da Associação de Escoteiros de Portugal, no âmbito das comemorações dos 75 anos de existência do grupo.
Mais informação em: http://jotajoti.blogspot.com/ e http://www.escoteirosdesintra.org/pt/

17.10.09

autarquias.org

as autarquias nacionais têm ao seu dispor uma nova ferramenta de auxilio no seu trabalho quotidiano. trata-se do site www.autarquias.org , que pretende ser uma plataforma em que munícipes alertam para os mais variados problemas do seu município. Embora ainda precise de alguns desenvolvimentos, esta pode ser uma mais valia para os responsáveis autárquicos.

16.10.09

A outra senhora

O humor é uma característica humana bastante complexa. A sua compreensão implica tantos factos comunicativos, emocionais e culturais, que torna complicada a análise objectiva de um discurso. Dai que seja usual que uma intenção não ofensiva se torne numa compreensão ofendida. Foi o caso nos últimos dias do “escândalo” Maitê Proença.
Como a maioria dos portugueses, não gostei do vídeo, porque é redutor da nossa cultura. Mas tenho o direito de atirar pedras? Nem por isso, afinal também a blogoesfera tem mostrado exemplos humorísticos que revelem o quão redutora é a nossa imagem do povo brasileiro.
De todo este episódio, retenho uma única certeza: quando somos o objecto de humor, é sinónimo de ofensa; quando somos o produtor/emissor, é apenas uma brincadeira. Daí o poder desta que considero uma arma comunicativa: a sua ambiguidade pode até camuflar intenções, mas nunca o seu potencial ofensivo.

Nota: como em tudo na vida, há sempre um lado positivo. Graças a este episódio, este humilde estaminé recebeu mais de duzentos visitante em apenas dois dias. Isto porque há poucos meses, escrevi aqui um post intitulado O site de Maitê Proença, em que louvo bom gosto do site, opinião que mantenho.

15.10.09

Palavras #191 a 193

álea - (francês allée). s. f. 1. Gal. Renque ou fileira de árvores. 2. Fileira de pedras ou figuras esculpidas, esfinges ou outras, dispostas em renque. 3. Sorte, risco, acaso.
homiziar v. intr. 1. Dar couto a (o que é perseguido pela justiça). 2. Ant. Malquistar. v. pron. 3. Fugir (à acção!ação da justiça).
Sege - (francês siège, assento). s. f. 1. Carruagem antiga, com duas rodas e um só assento. 2. Pop. Qualquer carruagem.

14.10.09

a lua inteira

Imaginei um arco-íris
Nas tuas mãos
Eu Vislumbrei
Mas tu Viste o plano
Vaguei pelo mundo durante anos
Enquanto permaneceste no teu quarto
Eu vi o crescente
Tu viste a lua inteira
A lua inteira

Estavas na roleta
Com o vento aos pés
Almejaste as estrelas
E sabes como o que se sente
Ao subir tão alto
Tão longe
Tão cedo
Viste a lua inteira


Fiquei no chão
Enquanto enchias os céus
Estava perplexo com a verdade
Ultrapassaste mentiras
Vi o vale inundado
Tu viste Brigadoon
Eu vi o crescente
Tu viste a lua inteira

Falei de asas

Limitaste-te a voar
Imaginei, adivinhei e tentei
Tu sabias
Eu suspirei
Mas tu desmaiaste
Eu vi o crescente
Tu viste a lua inteira
A lua inteira

A tocha no teu bolso
E o vento nos teus pés
Subiste uma escada
E sabes o que se sente

Pipocas e tiros de canhão

Todos os medos da estação
Trombetas, torres e apartamentos
Vastos oceanos de lágrimas
Bandeiras, trapos, cacilheiros
Senadores e cicatrizes
Cada precioso sonho e visão
Sob as estrelas
Subiste uma escada
Com o vento nas tuas velas
Vieste como um cometa
Tão alto
Tão longe
Tão cedo
Viste a lua inteira
  The Whole of the Moon, Mike Scott


12.10.09

há prendizagens com o xão, ondjaki



Este foi o meu primeiro contacto com a escrita de Ondjaki, a quem espero voltar. O estilo segue a criatividade das palavras abensonhadas de Mia Couto, que muito aprecio.

11.10.09

Quando a política é uma desculpa


Há quem viva demais a política. E há situações em que esta é só uma desculpa, um despoletar de outras raivas e vinganças. Porque a vida é mais do que política (se há alguém para quem não seja, é porque não tem vida), não lhe atribuemos o injustificável: o homicídio frio e calculista.

9.10.09

Willem Dafoe


Aminha paixão mais antiga é Willem Dafoe. Foi amor à terceira vista. À 1ª achei-o horrível, à 2ª foi-me indiferente, à 3ª apaixonei-me. Tinha 13 anos. Nos últimos 20 anos, passei pelos vários estágios: borboletas no estômago, olhos somente para ele, outras paixões, outros amores, personagens que adorei e que não gostei, afastamentos. Mas no fim, há sempre um retorno. É um amor nunca esquecido que amadureceu com o tempo e que me deixa sempre um brilho nos olhos.
São muitos os trabalhos de Dafoe que vi e é difícil salientar os que gostei sem tornar a lista extensa. Dafoe tem uma carreira diversa, desde os seus trabalhos em papéis secundários, a protagonista, seja em blockbusters (onde normalmente é o vilão e tem mortes aparatosas) ou em produções independentes, tendo trabalhado com quase todos os grandes realizadores. É um exercício complexo, mas aqui vai uma selecção dos que mais me tocaram e porquê:
  Mr. Bean's Holiday (2007) – no papel de um realizador megalómano, o filme tem a particularidade de apresentar o que seria o último trabalho deste realizador e que está na linha de outros trabalhos menos conhecidos do actor.
  Inside Man (2006) -  Um papel secundário sóbrio e eficaz.
  The Life Aquatic with Steve Zissou (2004) – Um papel secundário, em que brilha a equipa.
  Spider-Man (2002) – Se há algo que vale na saga, para mim é o Duende Verde.
  New Rose Hotel (1998), de Abel Ferrara. História contada em dois tempos: o que parece e o que é.
  Affliction (1997) – Um filme de personagens masculinas duras. Contracena com Nick Nolte e Charles Bronson.
  The English Patient (1996) -  O filme que quando fosse grande gostaria de interpretar. Nele se juntam ainda Colin Firth, Ralph Fiennes e Naveen Andrews.
  In weiter Ferne, so nah! (1993), de Win Wenders -
  Wild at Heart (1990), de David Lynch -  Perde literalmente a cabeça.
  Born on the Fourth of July (1989), de Oliver Stone – Veterano Deficiente do Vietname.
  Triumph of the Spirit (1989) – Biopic de um boxeur judeu preso nos campos de concentração alemães.
  Mississippi Burning (1988) – Um agente da CIA na luta contra o KKK.
  The Last Temptation of Christ (1988), de Bryan de Palma – Interpreta Jesus.
  Platoon (1986) – A 2ª e 3ª vistas. Marca o antes e o depois.
  To Live and Die in L.A. (1985), de W. Friedkin – No papel de falsificador de dinheiro, tem uma das minhas sequências favoritas onde observamos o processo todo de falsificação. É claro que hoje os processos são diferentes. Contracena com William Peterson, mais conhecido como Gil Grisson de CSI Las Vegas.
  Streets of Fire (1984) -  A 1ª vista.
E tenho de salientar que aprecio também a sua voz rouca.

6.10.09

Como é que pomos em palavras a falta de consideração de quem nos é próximo? Não é simples.

As pessoas continuam próximas e não queremos afastá-las. Mas é triste que quando precisam, telefonam, peçam, e apreciem a ajuda. Mas quando eventualmente quando precisamos, nem oportunidade de pedir temos, porque: não é por nada, mas como não faço para mim, também não (me vou dar ao trabalho de) fazer pelos outros (mesmo que me dê muito jeito quando me fazem favores).

Às vezes o silêncio é de ouro, encerra em si o benefício da dúvida. Quanto à palavra proferida, não há retorno possível.

4.10.09

As coisas têm a importância que lhe damos. E quando damos demasiada importância a determinadas pessoas ou acontecimentos, não quer dizer que realmente o tenham. Quer apenas dizer apenas dizer que não há nada mais importante na nossa vida, ou seja, revela a nossa irrelevância. Lamentavelmente, há demasiadas pessoas sem qualquer importância por aí.

2.10.09

JO 2016 – Rio de Janeiro

Mais uma vitória para o Rio de Janeiro, que em 2014 acolherá igualmente o Mundial de Futebol. Pela primeira vez, dois certames desta magnitude serão falados em português.

1.10.09

Palavras #188 a 190

Cornígero - do Lat. Cornigeru. adj., cornífero.

Calêndula - s. f. Bot. Planta asterácea, vulgarmente chamada maravilha.

aspidistra - s. f. Bot. Planta ornamental da fam. das liliáceas ornamentais.