Cântico de Natal, Charles Dickens

Na faculdade, era suposto ler a obra Nicholas Nickeby de Charles Dickens, da qual sei que li apenas algumas páginas, mas das quais não retenho nenhuma recordação. É claro, que já vi várias adaptações mais emblemáticas da sua obra, que ao cinema, quer à televisão, como Oliver Twist, Grandes Esperanças, Casa Obscura, David Copperfield, e, evidentemente, o Cântico de Natal. Mas a verdade é que nunca tinha lido nada do autor, por isso, quando elaborei a proposta de leituras do Clube de Leitura – Leituras na Juventude, vi aqui uma oportunidade de colmatar esta lacuna.
O Cântico de Natal é um conto fantástico com cerca de 80 páginas. Relata a inusitada véspera de Natal de Scrooge em que é visitado por três espíritos (do passado, presente e futuro) que o confrontam com visões de momentos chaves da sua vida, fazendo-o perceber tudo o que perdeu para ter o que tem, mas que a ainda está a tempo de realizar mudanças na sua vida.
O conto está repleto de humor e apresenta os valores que associamos ao natal (família, relações pessoais, partilha e usufruto do que se possui) sem fazer uma apologia religiosa, como exemplifica ao afirmar “o que os homens fazem em seu nome, não é o que representa.”
É uma leitura reconfortante pelo animo e esperança que comporta e talvez seja essa a razão do sucesso continuo desta história fantástica sobre o homem, as suas relações, os seus valores e sobre como é possível mudar a forma como vivemos.

#135 @ 101 em 1001 – Ler Dickens
Bookcrossing – BCID: 870-11585956, disponível na Casa da Juventude, Tapada das Mercês